Nem tudo são flores

Quem busca flores na Natureza, vê muito mais 

As flores são, da natureza, o maior chamariz, a capa de revista que nos atrai e seduz.

Da observação das flores, passamos pelas plantas que as abrigam, pelos frutos, a sazonalidade,   o clima, os insetos, os mecanismos de reprodução e pelos animais que desfrutam de seu ambiente. 

Também realimentamos, nesse contato com a Natureza, inquietudes maiores de como se coordenam os processos naturais, de como se adaptam os seres às mudanças de ambientes, pela energia que move esses processos dos quais somos inteiramente dependentes para, enfim, nos perguntarmos sobre o conceito de divindade que nossos antepassados encontraram na  Natureza e que nós ainda continuamos a buscar.

Em nossas andanças pelo cerrado ou no Aterro do Flamengo, nosso equipamento fotográfico tem sido o contido nos celulares. Se eles são bastante razoáveis para captar as belezas da vegetação eles são bem mais precários para captar aves e animais terrestres.

Pretendendo falar de flores, é difícil, no entanto, desperdiçar alguns encontros sem registrá-los, ainda que precariamente. 

Assim como as flores no reino vegetal as aves e as borboletas, são as que mais nos cativam no reino animal.

Começamos com as aves e e agora destacamos as borboletas. Sem diversificar muito, mantendo as flores como objetivo, trataremos de mostrar o que vamos encontrando em nosso caminho.

Carlos Feu 

 

As borboletas

Quem procura flores na natureza encontra, quase como consequência natural, as borboletas.

Parece que elas são mais esplendorosas na natureza mais bruta como a encontrada nas reservas do cerrado. Ou será que, simplesmente, deixamos de reparar nelas?

Dione vanilae, Adelpha cytherea, Junonia coenia, Junonia Genoveva, Mechanitis e Anartia jatrophae são nomes que, mais que esclarecer sobre elas, apenas acentuam o mistério da Natureza. Natureza que nos surpreende com a metamorfose que transforma a lagarta, para alguns repugnante, nesses maravilhosos entes que são as borboletas.

As Aves

Entre as aves, coube ao tucano nosso primeiro encontro registrado:

Há apenas algumas centenas de metros de casa, percebi, no alto das árvores, um casal de tucanos, dos grandes.

Dentro da precariedade de meu equipamento tratei de registrar a cena. Um deles, suponho que a fêmea, mais arisco, se escondia na vegetação. O outro se colocou bem no alto das árvores com a típica empáfia dos machos.

Como era de se esperar, a resolução era precária e a grande distância ampliava a oscilação de minha mão. Os observadores de pássaros têm equipamentos que estabilizam a imagem com uma ótica poderosa que possibilitam uma boa resolução. 

Quis, no entanto, compartir minha experiência que pode estimular outros a desfrutar dessa alegria. Ademais, descobri que alguns programas de computador, fazem, a posteriori, a estabilização de nossa imagem oscilante.

Não acreditem que experiências como estas não estejam ao alcance de outros. Eu mesmo já vi, no aterro do Flamengo, um tucano. Li que eles estão presentes em praticamente todo o Brasil.

Só vê quem olha.

Carlos Feu

Mais quatro aves nos nossos caminhos.

Como já explicamos nosso equipamento de fotografia é basicamente um celular. No entanto, em algumas circunstâncias é quase impossível deixar passar alguns animais que encontramos pelos caminhos.

Na sequência estão um breve contato com o que julgamos ser um falcão de coleira em Brasília (Lago Sul), com um Carcará do Norte em Alagoas, em São Miguel dos Milagres. O carcará estava muito à vontade e pudemos acompanhá-lo há uns 10 metros por um mais de dez minutos. Mas o que mais nos surpreendeu foi encontrar, em um casal onde está uma parquinho para crianças com arredores bem arborizados, um casal de pássaros de  Curicacas sobre os quais nunca havíamos ouvido falar. O local, pouco movimentado, nos possibilitou também acompanhá-los por alguns minutos. Enfim mostramos, um popular joão-de-barro que é muito dócil. Perto de casa, em um poste de luz, esses pássaros instalaram um apartamento de dois andares.